terça-feira, 2 de novembro de 2010

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Como quando a brisa era leve
o conforto era pleno e só havia eu
restos da vontade que era minha
ainda palpitam sob a descrença
com a persistência que jamais existiu.
Ao dia de hoje me permito amar
o que em você é perfeito, e do defeito faço ideal...

Ignorei tudo o que por vaidade desejava tornar palavra.
Sussurrei, quase mudo, o que meus dedos entre os teus cabelos sentiam,
sabiam que o mundo havia se tornado azul, sem que eu me desse conta.
O que era desapego agora é o que eu estimo, quem sabe ame, mas só o tempo diz.

E a calma que me leva à alma não tem duvida ou pressa...

Basta de achar que o mundo todo é dor
esse querer vencer demais só faz sofrer,
mais do que riso e lágrimas, hoje vejo que não há.

Mais do que a vida breve que me encerra
antes que os sonhos e anseios partam,
ignorando todo amor que já habitou em mim.
Serei o que o acaso permitir.

Quando a boca deixar de cantar e o coração deixar de amar,
uma vida foi vivida em paz, e em toda sua vontade.
Eis que o que eu quis já não sou eu.

Grato por este fim, volto ao início enquanto há o ser,
outro dos erros que não cessam de acontecer, e se repetem.
Suspirei por ser assim, tão humano e sentir em tamanha intensidade.
Tratei de me por em pé e dar o primeiro passo,
até que o bendito acaso me silencie como me fez falar.
Roubando de mim a persistência, a paciência e o silêncio tornando regra.

Distante daqui eu poderia tenta mais uma vez, se não amasse
esse que é o sentir que me faz eu, e me faz rir do que um dia chamei de dor.

Vasto como a vida é bela,
o riso que sorrio no presente,
choro entre lamúrias no futuro,
erro de novo se acerto sem persistir e silenciar... silêncio!

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