sábado, 16 de outubro de 2010

Est

Já não há porquê se prender,
escolher entre o sim e o não,
saber a diferença entre o que
sabemos e escolhemos aqui,
ignorância que já não há, junto
com a ideia que esquecemos
ao vento, ao relento, ao vento

Cada palavra é tão inútil quanto
a vida que te foges sem que tu
rabisque as folhas que te faltam,
outro amor que se envaidece ao
lado do orgulho que se destrói
indo em direção ao desprezo que
nunca deixou seguir, e nunca quis
existir para alguém além de si

Dor de uma vida em vão
espera de cada um que é

Lume que queima sem querer
imagem de todo carinho bom
me mostra o que te faz e o que
amas além do que vês daqui

Como fugir daquilo que dói
isso de criar não é tão fácil
rastros de você ainda aqui
imóveis como o olho que vê
cabe a ti saber ou ser amor
ou ficar ao vento, em espera

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