sábado, 30 de outubro de 2010

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De um sopro eu tiro a lembrança
a memória de alguém que passa

Se passa pra onde eu não sei
oculto pelo tempo que mata perdeu,
laços do afeto de que um dia viveu.
Ignorando as dores que o dilaceravam
Dores que ser humano algum sentiu
Amores póstumos que nem vênus previu.
Onde foi parar toda essa crença na vida?

Tudo que um dia eu soube já não é
Agora o que vale é vagar sem ser
ou nessa terra se iludir por querer.

Pranteio por todo viver que eu não quis
rápido, tira de mim esse anseio de morte
espera até que eu aprenda a estar vivo
Ser
Esquecer
Num desses lugares bons em que os versos seriam livres
tu poderias até vir comigo, mas apenas quando eu souber
Esquecer, Ser, Viver.

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